A
África abriga quase a totalidade de crianças infectadas pelo vírus HIV
no mundo, lamentou na terça-feira (10), em Abidjã, o diretor-executivo
da Unaids, um dos braços da ONU para questões sobre Aids/HIV, Michel
Sidibé. Ele pediu que os menores tenham acesso universal ao tratamento
antirretroviral.
“É uma questão de justiça social (…), uma questão
de desigualdade profunda porque 90% das crianças que vivem com aids se
encontram, infelizmente, na África”, afirmou Sidibé na abertura de uma
reunião sobre a aids e as crianças, que foi assistida por uma dezena de
ministros de Saúde do continente e especialistas internacionais.
“Cinquenta
por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu
quinto aniversário” porque não têm “a sorte de ter acesso aos serviços à
disposição das demais crianças do resto do mundo”, denunciou o
diretor-executivo da Unaids.
“O acesso universal ao tratamento para as crianças deve se transformar em realidade”, pediu.
A
questão do HIV pediátrico tem um “caráter importante e urgente”,
assegurou por sua parte Dominique Ouattara, primeira-dama da Costa do
Marfim e embaixadora da Unaids para a eliminação da transmissão de mãe
para filho.
Na Costa do Marfim, “somente 18% dos menores de 5 anos
que vivem com o HIV/aids têm acesso ao tratamento antirretroviral”,
recordou Terence McCulley, embaixador americano na Costa do Marfim.
Cinco
milhões de pessoas seguem sem ter acesso ao tratamento contra o
HIV/aids na África central e ocidental, segundo informação da ONG
Médicos Sem Fronteiras (MSF), publicado em março.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário