A
Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público
Federal deflagraram, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Terra
Arrasada, que tem por objetivo cumprir 11 mandados de busca e apreensão e
dois afastamentos de cargos públicos, tudo expedido pela 16ª Vara da
Justiça Federal da Paraíba.
A ação visa desarticular esquema de
irregularidades e desvios na aplicação de verbas públicas federais em
contratos de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária –
ATES, geridos pela Superintendência Regional do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) na Paraíba.
As investigações
tiveram início no ano de 2014, a partir de ação de fiscalização da CGU,
e prosseguiram na Polícia Federal, revelando possíveis fraudes que
superam o montante de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais).
A
ATES é executada em parceria com instituições públicas, privadas
(associações e cooperativas), entidades de representação dos
trabalhadores rurais e organizações não governamentais (ONGs) ligadas à
Reforma Agrária.
Segundo a PF, nas investigações, descobriram-se
montagem nos Processos de Chamadas Públicas; participação de servidores e
seus parentes na execução dos projetos; pagamentos por serviços não
prestados; e manipulação de documentos com intuito de ludibriar
irregularidades detectadas em fiscalização da CGU.
A ação envolve
aproximadamente 60 policiais federais e 09 auditores da CGU e abrange os
estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Os
envolvidos no esquema deverão responder pelos crimes de fraude
licitatória (art. 90 da Lei 8.666/93 – Pena de 02 a 04 anos de
detenção), peculato (art. 312 do Código Penal – Pena de 02 a 12 anos de
reclusão), estelionato (art. 171, §º3, do Código Penal – Pena de 01 ano e
quatro meses a 06 anos e oito meses de reclusão) e associação criminosa
(art. 288 do Código Penal – Pena de 01 a 3 anos de reclusão).
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