O
deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) tenta levar para a Câmara Federal um
projeto que fará dos professores brasileiros a categoria que receberá o
maior salário do serviço público nacional. A proposta quer estabelecer
um subsídio para o magistério, fazendo com que nenhum outro servidor, no
nível administrativo, receba mais que o teto daqueles professores que
alcançarem critérios de formação (mestrado, doutorado, pós-doutorado) e
de dedicação exclusiva.
“Estabelece-se um subsídio para o
magistério, como forma de dar-lhe a mesma grandeza das categorias dos
agentes políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e
correlatos). Nesse compasso, também, estabelece-se que esses subsídios
serão limites superiores na administração pública, para os demais
servidores do Estado, entendidos como agentes administrativos. O
professor é o limite da evolução no serviço público”, defende o deputado
em sua justificativa no projeto.
Por enquanto, a ideia ainda não
foi protocolada na Câmara. Para isso, Pedro Cunha Lima recolhe
assinaturas dos demais deputados para a criação de uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC), que faz necessário a assinatura de, pelo
menos, 171 deputados. No primeiro dia da coleta das assinaturas, que foi
ontem, 83 parlamentares já haviam assinado.
O deputado federal
disse que a proposta nasceu pela necessidade de buscar soluções para
melhorar a Educação pública brasileira, ao passo que proporciona saídas
para o problema do déficit de professores, que hoje chega a 150 mil nas
disciplinas de matemática, física e química.
“A melhoria na
Educação só é possível se melhorarmos as condições de trabalho dos
nossos educadores. Para isso, é preciso incentivar e valorizar a
carreira. Precisamos mostrar ao aluno que está em formação agora, que
vai valer a pena ser professor por profissão. Por quê? É pela educação
que o futuro deixa de ser surpresa para entrar na previsibilidade até
dos sonhos. Vamos sonhar…”, defendeu.
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