A
Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e
Reforna Agrária (Incra), se posicionou, na tarde desta terça-feira
(10), sobre a “Operação Terra Arrasada” da Polícia Federal que apura
desvios de cerca de R$ 80 milhões na aplicação de verbas públicas
federais em contratos de assessoria técnica na instituição.
Em
nota, o Incra informa que já afastou servidores investigados pela
Polícia Federal e suspendeu vários serviços até que tudo seja
esclarecido.
O Incra também afirma desconhecer a participação de servidores em irregularidades e presta solidariedade com seus funcionários.
Confira a nota
Com
relação à operação Terra Arrasada, deflagrada nesta terça-feira (10)
pela Polícia Federal para apurar supostas irregularidades na contratação
de entidades prestadoras de serviços de Assessoria Técnica, Social e
Ambiental (Ates) na Paraíba, a Superintendência Regional do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informa que:
1)
Em cumprimento à decisão judicial, determinou o imediato afastamento
dos dois servidores que são objeto do inquérito da Polícia Federal das
funções que ocupavam na autarquia;
2) Determinou a imediata suspensão dos serviços de Ates na Paraíba até que os fatos sejam apurados e esclarecidos;
3) Determinou a imediata suspensão dos pagamentos de todas as entidades prestadoras de Ates na Paraíba;
4)
Sempre acompanhou a execução dos contratos com as entidades prestadoras
de Ates na Paraíba através da análise de relatórios comprovando os
serviços prestados e desconhece supostas irregularidades;
5)
Está tomando todas as medidas necessárias para a apuração das supostas
irregularidades e, caso sejam constatadas, aplicará as punições cabíveis
aos responsáveis;
6) Em relação aos dois servidores que
são objeto do inquérito da Polícia Federal, a Superintendência Regional
do Incra/PB, de antemão, presta total solidariedade por desconhecer
qualquer ato ilícito praticado por eles.
Serviços prestados pela Ates
Em
relação ao serviço de Ates na Paraíba, o Incra/PB informa que,
atualmente, há seis entidades contratadas pela autarquia para acompanhar
12.149 famílias de 256 assentamentos paraibanos. Elas foram contratadas
através de Chamada Pública amparada pela Lei 12.188/2010 e pelo Decreto
7215/2010.
Entre os serviços oferecidos aos agricultores
assentados pelas entidades contratadas para prestação de Ates
estão: orientação no acesso ao crédito, na renegociação e remissão de
dívidas, no acesso às diversas políticas públicas e na inserção em
mercados institucionais; ações de fomento ao desenvolvimento sustentável
das famílias beneficiárias, notadamente no que diz respeito à
capacitação e à qualificação dos assentados, da inclusão de gênero e
educação ambiental; ações de organização social e produtiva, bem como o
fortalecimento das associações e cooperativas dos assentamentos.
Os
serviços de Ates mudaram a realidade de milhares de famílias
assentadas, fomentando a produção, a troca de saberes e experiências, a
captação de recursos junto a programas públicos e entidades privadas, a
comercialização dos produtos da agricultura familiar, a inclusão
produtiva e o incentivo à permanência dos trabalhadores no campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário