quarta-feira, 11 de julho de 2018

Paraíba reduz ICMS no diesel, mas aumenta gasolina

Ao mesmo tempo em que reduziram o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o óleo diesel, 13 governos estaduais decidiram aumentar a taxação da gasolina, por meio de elevação no preço de referência sobre o qual incide o imposto.
Os estados dizem que as tabelas estavam congeladas e que, agora,
acompanham os aumentos do preço da gasolina nas últimas semanas.
Para o setor de combustíveis, porém, os aumentos compensam a perda de receita com a queda de arrecadação com o diesel. A redução no preço do combustível foi parte das negociações para pôr fim à paralisação dos caminhoneiros, no mês passado.
O ICMS dos combustíveis é cobrado sobre um preço de referência chamado de PMPF (preço médio ponderado final), que é definido pelas secretarias estaduais de Fazenda a cada 15 dias, de acordo com pesquisa nos postos.
Sobre esse preço incidem alíquotas que variam por produto e por estado.
Desde o fim da paralisação dos caminhoneiros, 17 estados reduziram o PMPF do diesel, acompanhando a queda de preço provocada pelas subvenções concedidas pelo governo federal para encerrar a paralisação.
A maior queda se deu em São Paulo: R$ 0,374 por litro.
No início de julho, 15 estados elevaram o PMPF da gasolina, embora a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) tenha detectado queda média de 1,62% no preço do combustível na segunda quinzena de junho. No mês, houve redução de 2,51%.
Destes, 13 haviam reduzido o preço de referência para a tributação do óleo diesel: Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro (que reduziu a alíquota), Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo, segundo informações do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne as secretarias de Fazenda de estados e DF.
Maranhão, Piauí e Pernambuco aumentaram o preço de referência da gasolina, mas ainda não mexeram no diesel, apesar dos apelos do governo federal para que os tributos estaduais acompanhem a concessão dos subsídios.
“Ninguém ainda perdeu muito no diesel. Mas quem perdeu ganhou mais na gasolina”, disse o presidente da Fecombustíveis (federação que representa os postos), Paulo Miranda. As alíquotas cobradas sobre a gasolina são maiores do que as do diesel. No primeiro caso, variam de 25% a 34%. No segundo, de 12% a 18%.
Os maiores aumentos no preço para o cálculo do ICMS sobre a gasolina em julho foram verificados em Goiás (R$ 0,3578 por litro), Rio Grande do Sul (R$ 0,3592) e São Paulo (R$ 0,317). Nos três casos, os ganhos com a alta da gasolina devem ser superiores às perdas com a redução no ICMS do diesel.
Considerando a média mensal de vendas de 2017, por exemplo, Goiás perderia R$ 5,3 milhões por mês com a redução do ICMS sobre o diesel, mas ganharia R$ 13,9 milhões com a alta do preço de referência da gasolina.
A conta considera que a parcela do preço do diesel que fica com o estado é de R$ 0,553 por litro, segundo cálculo feito pela Fecombustíveis, considerando a alíquota de 16% sobre o PMPF para a primeira quinzena de julho, que é de R$ 3,4533.
Já na gasolina, o estado fica com R$ 1,401 por litro.
No Rio Grande do Sul, o ganho com a gasolina seria de R$ 32,3 milhões, e a perda com o diesel, de apenas R$ 294 mil por mês. O governo gaúcho foi um dos que menos reduziram o preço de referência para a arrecadação de ICMS sobre o combustível, em apenas R$ 0,01.
Em São Paulo, considerando ainda a média mensal de vendas em 2017, o ganho de arrecadação com o aumento do PMPF sobre a gasolina seria de R$ 68,9 milhões por mês, ante uma perda de R$ 45,1 milhões por mês com o corte no óleo diesel.
O governo paulista, porém, foi um dos primeiros a cortar o ICMS sobre o diesel, logo após o acordo do governo federal para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, e já vem experimentando perda de receita.
Combustíveis são uma importante fonte de receita para os governos estaduais: no primeiro quadrimestre, o setor arrecadou R$ 26,3 bilhões, o equivalente a 17,5% de toda a arrecadação de ICMS no Brasil. Em 2016, no mesmo período, foram R$ 25,9 bilhões, em valores corrigidos.
Os estados negam relação entre a queda do imposto sobre o diesel e o aumento na gasolina. Em sua maioria, dizem que as tabelas do PMPF ficaram congeladas durante a paralisação dos caminhoneiros e que estão repassando a alta recente da gasolina.
O governo de São Paulo, por exemplo, disse que manteve o PMPF inalterado em junho para evitar repassar as flutuações decorrentes da crise do abastecimento.
O preço de julho, afirmou, reflete o valor pesquisado pela ANP na quinzena anterior.
A secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul também afirmou que manteve a tabela em maio “como medida para atenuar os últimos impactos dos reajustes de combustíveis no custo de vida dos gaúchos” e que elevações ou reduções são consequência das variações nos postos.
A secretaria de Fazenda de Goiás disse que a definição do preço de referência é feita com base em pesquisa em praticamente todos os postos do estado, com verificação da nota fiscal eletrônica. “Dessa forma, o PMPF acompanha o preço nas bombas”, disse.
O modelo de tributação do ICMS é hoje questionado pelo setor de combustíveis, que negocia com os estados a adoção de uma alíquota unificada no país em reais por litro, em vez de percentuais sobre preços definidos a cada quinzena.
O tema enfrenta resistências no âmbito político, já que reduz a autonomia dos governos estaduais na gestão da arrecadação. Para a ANP, distribuidoras e postos, o modelo pode reduzir sonegação e suavizar para o consumidor variações das cotações internacionais.
Folha de São Paulo

Prefeito de Pilar nomeia o pai, a mãe e a tia para secretarias de Desenvolvimento, Ação Social e Saúde

O prefeito de Pilar, José Benício de Araújo Neto, virou alvo de denúncia depois de entregar secretarias importantes na administração a seus parentes. José Benício de Araújo Neto designou como secretário de Desenvolvimento o seu pai, José Benício de Araújo Filho, ex-prefeito de Pilar; como secretária de Ação Social a sua mãe, Cláudia Virgínia Rodrigues Silva de Araújo;
e como secretária de Saúde a sua tia, Patrícia Rodrigues Silva de Medeiros Batista.
O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE) entrou com representação contra o prefeito por nepotismo, pedindo a suspensão de qualquer pagamento da remuneração ao parentes do alcaide, e o caso vai ser julgado pelo tribunal.
“Os atos do Alcaide estão em absoluta rota de colisão com o disposto no art. 37, caput, da Constituição Federal, bem como com o teor da Súmula Vinculante n.º 13 do Supremo Tribunal Federal – STF”, diz o MP.
Além do nepotismo, o MP está preocupado com a idoneidade moral desses parentes que estão ocupando os cargos. O ex-prefeito José Benício de Araújo Filho, pai do atual prefeito, quando esteve no exercício do cargo de prefeito de Pilar, “não despendeu a necessária atuação conforme os ditames legais e nem demonstrou cura no trato da coisa pública”.
A sentença de primeiro grau condenatória contra ele foi de três anos e cinco meses de detenção e pagamento de 90 dias multa no valor de dois salários mínimos, por crime de dispensa e inexigibilidade indevida de licitação, mantida pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJPB).
“A atribuição de chefia de secretaria municipal a um cidadão nesta situação corresponde a grave ameaça à escorreita aplicação de dinheiros públicos”, afirma a representação.
Quanto às duas mulheres, “não estariam efetivamente demonstradas as qualificações técnicas e as idoneidades morais dos agentes políticos para os exercícios dos aludidos cargos públicos deveriam ser”, diz a representação, assinada pelas representantes do MP Sheyla Barreto Braga de Queiroz, Elvira Samara Pereira de Oliveira e Isabella Barbosa Marinho Falcão. O caso tem como relator o conselheiro substituto Renato Sérgio Santiago Melo. O prefeito ainda não se pronunciou ao TCE sobre a denúncia.
Aline Lins

Prefeitura de Cubati aumenta em 850% a contratação de prestadores de serviço em dois meses

A Prefeitura de Cubati aumentou em 850% as contratações de prestadores de serviço em apenas dois meses de gestão em 2018.
Segundo informações disponibilizadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), no mês de fevereiro a gestão
municipal tinha seis contratos por excepcional interesse público, gerando uma despesa de pouco mais de R$ 7 mil aos cofres do município. 
Esse número aumentou consideravelmente no mês de março, chegando até abril com o montante de 51 prestadores de serviço atuando na gestão municipal, gerando uma despesa de quase R$ 100 mil por mês.

Senadora Gleisi Hoffmann vem à PB nesta quinta discutir rumos do PT no estado

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), participa, nesta quinta-feira (12), de uma reunião com a executiva estadual da legenda, em João Pessoa, para discutir o processo eleitoral deste ano no estado. O encontro acontece ao meio-dia na
sede do diretório estadual e contará com a participação dos deputados do partido.
O presidente estadual Jackson Macedo revelou que a reunião acontece a portas fechadas e a senadora não concederá entrevista à imprensa.
Jackson disse que durante a reunião será discutido o atual cenário político, inclusive nacional. “Vamos discutir todo o processo eleitoral, inclusive com a participação da executiva e dos deputados do nosso partido”, afirmou.
O petista lembrou que o partido definirá no dia 28 com quem vai marchar nas eleições deste e se apresentará ou não candidatura majoritária.

Casos de hepatite A crescem 73% no Brasil

O Brasil registrou um crescimento no número de casos de hepatite A em 2017, sendo 2.086 casos confirmados da doença, contra 1.206 em 2016, um aumento de 73%.
De acordo com o boletim publicado pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (05), o estado de São Paulo totalizou 53% das infecções,
ou seja, 1.108 casos. Com isso, mais da metade dos registros ocorreram na capital paulista.
Embora os dados não sejam deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo começou uma campanha em maio de 2018, para a conscientização e combate contra a doença.
A capital paulista registrou uma média de cinco novos casos de hepatite A por mês, entre janeiro de 2016 e abril de 2017. Na metade do ano passado o número triplicou, atingindo em julho cerca de 156 notificações.
O Sistema Único de Saúde disponibiliza a vacina contra a hepatite A. Além disso, é recomendado para crianças de 1 a 4 anos de idade e para pessoas vivendo com hepatites B, C ou HIV.

O que é hepatite A?

Hepatite A é uma inflamação do fígado causada por um vírus, geralmente tem um curso benigno, evoluindo para a cura espontânea em mais de 90% dos casos.
Minha Vida

Senado Federal aprova aumento de potência para rádios comunitárias

Senado aprovou nessa terça-feira (10) projeto que aumenta a potência das rádios comunitárias. A redação final prevê a ampliação de 25 para 150 watts.
Pela proposta, haverá também aumento do número de canais disponíveis em cada localidade, de um para dois. O projeto, de autoria do Senado, segue agora para a Câmara dos Deputados.

As rádios comunitárias ganharam legislação própria em 1998. A Lei 9.612, daquele ano, estabeleceu regras específicas para essas estações, limitando o canal por comunidade a um e a potência a 25 watts.
As representações dessas emissoras sempre reclamaram desses limites. Um dos argumentos é que eles dificultam a transmissão em locais de menor densidade geográfica, especialmente em áreas rurais ou na Região Norte.
Do outro lado, emissoras comerciais criticavam a proposta, afirmando que o aumento da potência poderia gerar risco de interferência das rádios comunitárias em outros tipo de estação de rádio. Os posicionamentos contrários contribuíram para uma alternativa acordada em plenário – 150 watts, quando a redação original previa 300 watts.
Na sessão, senadores responderam às críticas das emissoras comerciais. “O aumento de potência é claro, só vale para quela comunidade. Rádios de municípios não vão alcançar outra cidade. Não há pormque criar falar que vai afetar rádios privadas”, afirmou o senador Waldemir Moka (MDB-MS)
O aumento foi defendido por parlamentares como forma de valorizar o trabalho das emissoras comunitárias. “Há 4.800 rádios deste tipo pelo país afora, com papel relevante na comunicação social. São elas que estão presentes nos rincões do país, fazendo comunicação com responsabilidade”, disse a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).
Na avaliação do coordenador executivo da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), Geremias Santos, a aprovação foi importante para as emissoras.
“Vinte anos depois da lei do setor, senadores mudaram a legislação. Não foi o que queríamos, mas chegaram a um termo que coloca agora a necessidade dos deputados promoverem a aprovação da lei”, comentou.
Agência Brasil

terça-feira, 10 de julho de 2018

Energia continuará mais cara no mês de julho

Pelo segundo mês consecutivo, a bandeira tarifária será vermelha – patamar 2. Isso significa que a cada 100 kWh o consumidor pagará R$ 5,00 a mais na conta de energia.
Com a situação já crítica nos reservatórios de água, a preocupação é ainda maior porque as previsões meteorológicas apontam que as chuvas mais fortes, as que de fato enchem as represas, devem começar apenas em meados de outubro ou novembro. Até lá as chuvas serão abaixo da média, o que pode gerar mais preocupação e necessidade de repensar nossos padrões de consumo.
Para Genildo Oliveira, presidente do Conselho de Consumidores da Energisa, é fundamental que os cidadãos se conscientizem cada vez mais da importância na redução do consumo independentemente da bandeira tarifária em vigor. “Já passou da hora de cada consumidor entender que nossos recursos são naturais e finitos. É preciso começar a trabalhar a mudança de comportamento e padrão de consumo”, enfatiza.
Segundo Genildo, existe uma estimativa de que a população tenha reduzido seu consumo em 13%. “Ainda é pouco. Para que tenhamos uma margem de segurança maior o ideal é chegarmos a 20%. Temos de pensar em ações de longo prazo, pois nosso sistema é muito dependente das chuvas e elas estão cada vez mais escassas”, diz.

Eleitor vai ter apenas 35 dias para escolher cinco candidatos

A campanha eleitoral deste ano será a primeira da história do Brasil com apenas 35 dias para que os eleitores possam conhecer os candidatos, analisar as propostas de cada um e escolher em quem vai votar. Apesar da propaganda eleitoral ser liberada a partir de 15 de agosto, o horário eleitoral no rádio e na televisão só começará no dia 31 de agosto e termina no dia 4 de outubro.

De acordo com o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), advogado Henrique Neves, o formato que será adotado prejudica, principalmente, o eleitor, a quem será levada uma quantidade grande de notícias, em curto espaço de tempo, envolvendo centenas de candidatos para 5 cargos. Por isso, tem que redobrar a atenção e estabelecer critérios.
“No total, serão 35 dias, sendo que os candidatos a eleição presidencial disporão, em conjunto, nas rádios e televisões de dois programas diários de doze minutos e meio para divulgação da propaganda em bloco, nas terças e quintas-feiras e no sábado”, comentou Neves.
Ele explicou que na prática, portanto, a propaganda eleitoral para os candidatos à Presidência da República será exibida durante quinze dias intercalados, no tempo total de 375 minutos, com prováveis reprises do programa noturno no primeiro horário do dia seguinte. “O eleitor deverá decidir quem ocupará o cargo executivo mais elevado da República nos próximos quatro anos a partir de pouco mais de seis horas de propaganda eleitoral”, afirmou.
Henrique Neves lembrou que além da propaganda em bloco, os partidos também disporão, no total, de 70 minutos diários para veiculação dos anúncios de todos os candidatos que disputam as cinco eleições que ocorrerão no primeiro domingo de outubro para os cargos de Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal e Deputados Estaduais e Distrital.
Tempos são desproporcionais
Conforme levantamento realizado pelo ex-ministro, nas eleições Gerais de 2010, o site do TSE registra que 22.538 candidatos concorreram a todos os cargos, incluindo-se os vices e suplentes. Em 2014, foram 26.162 candidatos. De 2014 até hoje, surgiram 3 novos partidos, o que revela que o número de candidaturas pode aumentar.
“Comparando os dados, chega-se à conclusão que 70 minutos diários durante 35 dias totalizam 2.450 minutos. Se este tempo fosse distribuído igualitariamente entre mais de 25.000 candidatos, cada candidato teria menos de 10 segundos para expor suas ideias e plataformas. Os partidos políticos e as coligações que disputarão as eleições provavelmente privilegiarão alguns em detrimento de outros, que não nunca aparecerão no rádio ou na TV”, comentou.
De acordo com Henrique Neves, para os candidatos preteridos restará realizar a propaganda eleitoral pela internet, que já é o segundo meio de comunicação utilizado pelos brasileiros (26%) e ultrapassou o rádio (7%) e os jornais (3%), mas ainda está distante das televisões (63%), segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia, de 2016.