Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do
Trabalho disse que está adotando medidas junto ao Supremo Tribunal
Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho e à Secretaria de
Orçamento Federal para reverter os problemas
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) informou nesta sexta-feira (12)
que a Justiça do Trabalho pode paralisar por conta do corte de R$ 880
milhões no orçamento. A informação do TRT é com base em uma nota pública
divulgada pelo Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais
Regionais do Trabalho (Coleprecor).
A nota protesta contra os cortes feitos no Orçamento da Justiça do
Trabalho de todo o Brasil, decorrentes do relatório do deputado federal
Ricardo Barros (PP-PR), relator-geral do orçamento da União e aprovado
pela Comissão Mista de Orçamento.
O Colégio alega que nos Tribunais
Regionais o corte foi de 29% para custeio e de 90% para investimento. Os
presidentes dos Regionais alertam a população para o risco de
precarização dos serviços prestados, além do sucateamento das
instalações.
O presidente do Coleprecor, desembargador Lorival
Ferreira dos Santos (TRT de Campinas-SP), disse que a Justiça do
Trabalho reconhece as atuais crises econômica, política e social pelas
quais o Brasil atravessa e concorda que todos as instituições devem
contribuir para que este momento seja superado o mais breve possível. “O
índice de corte nas verbas discricionárias do custeio denota-se
pernicioso e muito superior aos aproximados 15% aplicados aos outros
ramos do judiciário nacional, em verdadeira manobra
política/orçamentária discriminatória consubstanciada para determinar a
paralisia desta Justiça Laboral, que mais promove a distribuição de
renda e mais atende aos anseios dos ditames sociais”, disse.
O
presidente também chama a atenção para as demissões em massa e o
crescente índice de desemprego com o agravamento da crise econômica, o
que acarreta um expressivo aumento de processos na Justiça do Trabalho.
Um
dos procedimentos prejudicados, segundo o TRT, é o projeto do Processo
Judicial Eletrônico (PJe-JT), que reduz significativamente os custos e o
tempo de tramitação dos processos na Justiça do Trabalho, já implantado
em 98% das unidades do país, terá sua continuidade comprometida, já que
nesta área o corte foi de 79,5%, cerca de R$ 108 milhões.
O
Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do
Trabalho disse que está adotando medidas junto ao Supremo Tribunal
Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho e à Secretaria de
Orçamento Federal, “para que haja recomposição orçamentária que
minimamente propicie a continuidade do regular funcionamento da Justiça
do Trabalho, já reconhecida pela qualidade na prestação jurisdicional,
de forma rápida, produtiva e que atinge os objetivos dispostos na
Constituição Federal de 1988”.
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