A biomédica e professora universitária Deborah Zanforlin, natural de
Caruaru, no Agreste de Pernambuco, é a responsável por desenvolver um
dispositivo que promete avanços significativos no diagnóstico precoce e
tratamento efetivo do câncer. O projeto de Zanforlin é um chip que
detecta 18 tipos da doença em estágio inicial, através de um teste
sanguíneo, e dá o resultado ao paciente em apenas 15 minutos.
Deborah viaja nesta quarta-feira (6) para Stanford, na California
(EUA), onde vai apresentar o chip na competição internacional BioSciKin,
na categoria Life Science. Ela conta que o biosensor mapeia marcadores
sanguíneos liberados por células cancerígenas nos estágios iniciais da
doença. Isso permite o diagnóstico precoce do paciente, o que aumenta as
chances de cura para 70%.
Outra vantagem do chip é que ele não libera radiação. Além disso,
todo o sistema do exame é portátil e pode ser levado com facilidade para
cidades do interior, onde o acesso ao diagnóstico e tratamento do
câncer é difícil. O equipamento, que alia rapidez e portabilidade,
também permite que os testes sejam realizados com maior frequência, já
que o intervalo entre as sessões deve ser de, no mínimo, seis meses.
Deborah não descarta que o chip possa ser utilizado para outros
diagnósticos. “O chip pode ser utilizado para outras doenças no futuro,
mas eu estou há cerca de dois anos focada no diagnóstico e no tratamento
do câncer”, ressalta. Um dos principais objetivos do projeto, que vai
ser apresentado na Califórnia nesta quinta-feira (7), é permitir que as
pessoas deixem de ver o câncer como uma sentença de morte.
Rádio Jornal
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