A pressão dos preços de alimentos, transportes e educação deixou o
bolso do brasileiro mais apertado e fez o Índice de Preços ao Consumidor
– Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial,
acelerar de 0,92% em janeiro para 1,42% no mês seguinte.
Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), essa taxa é a mais elevada para fevereiro desde 2003, quando
ficou em 2,19%.
O recorde também é registrado no índice acumulado em 12 meses. Nesse
período, o índice chegou a 10,84% – o mais alto desde novembro de 2003,
quando bateu 12,69%.
Para os analistas do mercado financeiro, a o IPCA deve dar sinais de
desaceleração ao longo do ano, já que eles preveem que o índice chegue
no final de 2016 em 7,62%, segundo o boletim Focus mais recente. Ainda
assim, o indicador vai permanecer acima do teto de 6,5% do sistema de
metas do governo.
Mais barato ou mais caro
O índice que mede os preços dos alimentos subiu de 1,67% em janeiro para
1,92% em fevereiro. A cenoura, por exemplo, ficou 24% mais cara, a
cebola, 14,16% e o tomate, 14,11%.
No caso do grupo de gastos com transportes, cuja variação acelerou de
0,8% para 1,65%, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 5,69%, exercendo
a maior influência sobre o índice ao refletir os reajustes aplicados em
algumas cidades. Mas não foram só os ônibus que ficaram mais caros.
Também avançaram os preços de trem (6,12%) e metrô (5,27%).
G1
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