domingo, 19 de outubro de 2014

Jornalista Jô Vital faz palestra na Nassau

Foto: Reprodução
Jornalistas Jô Vital e Fátima Bernardes


EDITORA DA TV CABO BRANCO, JÔ VITAL: '' É UMA GUERRA'' , DISSE ELA SOBRE AS PESQUISAS DE AUDIÊNCIA DE TV NA PARAÍBA.
A editora da TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo na Paraíba, Jô Vital, participou de um debate na noite dessa terça feira, dia 14 de Outubro, na faculdade Maurício de Nassau, com os estudantes de jornalismo.
A jornalista foi convidada pela professora de Telejornalismo Carla Arantes que também á apresentadora do programa dominical ''Paraíba Comunidade''.
Nem sempre as reportagens divulgadas em rede nacional sobre a Paraíba são do conhecimento da TV Cabo Branco. A globo envia um produtor com equipe.
Um exemplo de honestidade vira notícia e vai á rede nacional disse a editora.
Com relação ao noticiário policial, a TV Cabo Branco segue o padrão da Rede Globo sem explorar e banalizar o tema como fazem as outras emissoras...
Mesmo sendo uma FILIADA (Rede globo) Recife não consegue emplacar uma matéria em rede nacional. A TV Cabo Branco é AFILIADA.
Jô disse que existe muito trabalho das praças ( emissoras afiliadas), para acabar o preconceito contra o Nordeste e fez uma revelação: o programa globo rural não será mais exibido diariamente.Segundo ela, uma pesquisa interna deve ter sido feita para se retirar o programa que será substituído por outro de conteúdo jornalístico.
A programação da globo tem um formato ''engessado que deu certo'' e deve-se seguir o padrão, é norma da rede para as afiliadas.
Na sua palavra, ela disse que ''o Jornal Nacional é um canhão que constrói e destrói reputações'' .Não se pode mexer na estrutura do telejornal mais antigo e tradicional da emissora...
A RBS, do Rio Grande do Sul, é uma escola de jornalismo e tem liberdade na sua formatação perante a Rede Globo.
Sobre o mercado de jornalismo na Paraíba Jô disse que ''tem momento de ruptura, vive-se momentos de mudanças''...
Na avaliação da editora, quem produz conteúdo de qualidade tem espaço e emprego garantido. ''Sempre tivemos um mercado frágil na Paraíba. Não é fácil encontrar um repórter/apresentador pronto. Fizemos um grande esforço para contratar profissionais''...pontuou ela.
Um repórter de rede nacional tem um minuto e dez ou um minuto e vinte para dar uma notícia.Pode ser, no máximo, um minuto e quarenta segundos se for um caso importante...
Indagada por um estudante de jornalismo no sexto período sobre as divulgações de pesquisas de audiências das TVs na Paraíba a jornalista disse que '' a pergunta foi capciosa'' e que '' É uma guerra''. As emissoras investem em verbas publicitárias e ''cada uma puxa a brasa para a sua sardinha''.
O fato é que as pesquisas de medição de audiência ( de TV) são questionáveis...
Falando sobre a profissão em si, Jô Vital disse que já viu apresentador ( não revelou quem...) '' sentar no chão e chorar'' por causa do exercício profissional e desempenho.
Com relação a notícia, ela enfatizou que o repórter transmite o que sete ou mais pessoas produziram... ''A notícia é mais importante que o repórter'', falou.
Revelou que tem nordestinos apresentando telejornais no Sul.
Quando liga a televisão '' quero vê jornalismo'', disse a editora.
Falando de tecnologia, ela enfatizou que o sinal digital ainda não foi implantado por algumas emissoras e que o próprio sinal digital '' está em processo de adaptação''.
Sobre o último debate político para o governo do estado da Paraíba promovido pela TV Cabo Branco, Jô Vital falou que a mediação do repórter José Raimundo, que pertence ao estado da Bahia, '' foi uma determinação da Rede Globo'' e não da TV local.
Ela foi concisa e firme ao dizer que '' JORNALISTA QUE NÃO SABE ESCREVER DEVE DESISTIR DA PROFISSÃO''. Um sinal de alerta para estudantes de jornalismo que não gostam de escrever...
Ainda sobre o Jornal Nacional a editora revelou que ele tem credibilidade perante o telespectador e que tem no mínimo três apurações e duas versões do fato.
O repórter de rede deve ter qualidade de texto e apuração...
Outras perguntas foram feitas para a jornalista que no final foi bem aplaudida pelos estudantes de jornalismo.
Ela agradeceu o convite ( feito pela professora de telejornalismo Carla Arantes), e encerrou o debate realizado no auditório da instituição Maurício de Nassau.


Colaboração do estudante de jornalismo Gutemberg Leite

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