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RIO — No programa eleitoral dos candidatos à Presidência desta terça-feira, Aécio Neves (PSDB) destacou os apoios recebidos no início do segundo turno, como o de Marina Silva (PSB) e de Renata Campos, e disse que “o segundo turno começou marcado por muitas agressões, o que é uma pena”. O candidato disse ainda que não tem o “menor problema em aceitar críticas” e que está pagando “um preço pequeno para melhorar a vida” das pessoas. Desde o início da segunda etapa das eleições, as propagandas e debates tem sido marcadas por ataques tanto de Aécio quando de Dilma Rousseff (PT), o que fez com que o Tribunal Superior Eleitoral criasse uma jurisprudência para restringi-los no rádio e na TV.
— Isso faz parte do jogo política de toda campanha, mas quando a crítica se transforma em ataque e quando esse ataque se transforma em mentira, e mais grave ainda, quando a mentira é anônima, aí a campanha vai para a lama — afirmou — Mas se ser atacado é o preço que uma pessoa tem que pagar para melhorar a vida da nossa gente, se esse é o preço que eu tenho que pagar para resgatar aquilo que o Brasil tem de melhor, então esse é um preço muito pequeno comparados aos problemas que a nossa gente enfrenta todos os dias.
O programa tucano, entretanto, manteve ataques. Como na propaganda desta segunda-feira, mostrou recortes de sites noticiosos que denunciavam problemas na gestão econômica de Dilma Rousseff (PT). Em outro trecho, o programa tucano contrapôs uma fala de Dilma no debate da Record, em que a candidata exalta as obras de transposição do Rio São Francisco, a cenas de canais vazios nos locais da obra e seca no Nordeste, e afirma que a transposição “a todo momento enfrenta paralisações e problemas de projetos”.
Os tucanos também veicularam cenas de comícios e carreatas recentes de Aécio, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Paraíba, três estados onde Dilma esteve na frente na votação do primeiro turno. Na ala dos “famosos”, pediram voto para Aécio durante a propaganda os atores Lima Duarte e Rosamaria Murtinho.
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Já o programa de Dilma seguiu com a estratégia de pedir ao eleitor que compare o Brasil de hoje com o “Brasil do passado”, atribuindo às gestões tucanas problemas sociais e econômicos. O ex-presidente Lula dá um depoimento em favor da candidata do partido, afirmando que as conquistas e direitos dos brasileiros estão “sob ameaça”.
— A escolha é muito séria e vocês que ajudaram a transformar o Brasil nos últimos 12 anos sabem que os direitos e as conquistas dos trabalhadores estão sob ameaça. Nossa escolha vai determinar se o Brasil vai continuar avançando ou vai ter um retrocesso. Quem vai continuar protegendo o emprego e a renda do trabalhador? É preciso mostrar os interesses representados pelos dois candidatos.
Os petistas voltaram a atacar Armínio Fraga, ex-presidente do Branco Central e indicado como Aécio como seu ministro da Fazenda caso seja eleito. Em depoimento, Dilma critica “medidas impopulares” que Aécio disse que vai implantar e questionou a visão de Armínio sobre a redução do poder dos bancos públicos.
— Não é segredo para ninguém que o país é um país com muitos problemas. Mas quando a gente compara o Brasil de hoje com aquele que eu e Lula encontramos a diferença é enorme. Não precisamos mais nos humilhar diante do FMI — disse Dilma.
Fonte: O Globo
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