Representando o Solidariedade, o deputado federal Benjamin Maranhão
ocupou a tribuna durante a sessão de discussão do impeachment na Câmara
Federal, na noite desta sexta-feira (15). Ele pediu para que o eleitor
cobre uma posição firme do seu deputado, pois já existem denúncias que
apontam para a oferta de mais de R$ 1 milhão para que deputado se
ausente no dia da votação. “Vamos fazer com que o povo brasileiro faça
impor a sua vontade e pedimos a consolidação do placar para que se possa
chegar a mais que os 342 votos necessários para aprovação do
impeachment”, disse.
O parlamentar lembrou que Dilma foi eleita pelo voto do povo, assim
como o ex-presidente Fernando Collor, inclusive com uma margem de votos
maior e que isso não impediu que ele fosse afastado do cargo pelos
ilícitos praticados. “A vitória de Dilma foi construída encima de uma
mentira, de compromissos de não elevar a inflação, de não tirar empregos
e não de elevar a conta de energia elétrica, pelo contrário, de baixar.
Também tinha o compromisso de combater a corrupção e o que aconteceu
foi justamente o contrário. O Governo se aprofundou cada vez mais na
maior crise ética, econômica e acima de tudo de escândalos de corrupção
que a República Brasileira já viu”, destacou.
Benjamin, durante o seu discurso, fez críticas às legendas que
defendem a atual gestão. “Eu me impressiono quando vejo na tribuna
partidos que se dizem da esquerda ideológica defenderem a roubalheira da
Petrobrás, porque defender esse Governo Dilma Rousseff é isso. Eu me
impressiono com aqueles que querem enganar a opinião pública, quando
atacam a justiça, a operação lava jato e quando atacam o juiz Sérgio
Moro dizendo que estão defendendo a democracia. Esses que estão dizendo
isso defendem a democracia cubana ou bolivariana, onde não existe
imprensa livre, onde o judiciário é manipulado e não há estado
democrático de direito”, falou.
Com a Constituição na mão, o parlamentar informou que o Solidariedade
vota pelo impeachment e disse que a Casa está fazendo um julgamento
fundamentado nos crimes de responsabilidade da presidente da República,
que estão previstos na Carta Magna. “O artigo 85 que diz claramente que
quem atenta contra a Constituição, especialmente, contra a Lei
Orçamentária comete crime de responsabilidade”, informou.
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