A cidade de Itabaiana, no agreste da
Paraíba, está vivendo a maior epidemia de dengue e Zika Vírus de sua
história. Segundo informações do setor de saúde pública, houve um
aumento de 1.500% de casos no início de 2016 em relação ao mesmo período
de 2015, dando ao município a liderança em número de casos absolutos de
todas as notificações de dengue na região.
A preocupação é com o aumento ainda mais
de incidências, porque o vírus da dengue é matreiro: ele se divide em
quatro subtipos, ou sorotipos, como chamam os especialistas. São
conhecidos por Denv-1, Denv-2, Denv-3 e Denv-4. Quando um sorotipo ataca
uma pessoa, após a cura ela fica imune àquele sorotipo. Mas a pessoa
não ganha imunidade (exceto às vezes provisória, por alguns meses) aos
três sorotipos restantes.
Por isso, uma epidemia de dengue por
um tipo de sorotipo do vírus em um ano pode não se repetir no ano
seguinte (dada a imunidade conquistada por parte da população) mas os
outros sorotipos gostam de esperar sua vez e criar uma nova epidemia.
Para
se ter uma ideia, o Hospital Regional Sebastião Rodrigues está
recebendo 560 pessoas infectadas por dia, o que acarreta em problemas de
atendimento, já que o número de usuários ultrapassa em muito a
capacidade de apoio deste equipamento público de saúde, o único ainda em
funcionamento, já que o hospital filantrópico local não mais atende aos
usuários por não ter condições financeiras para sua manutenção.
O quadro se torna mais complicado porque
os postos de saúde municipais estão também sem funcionar, em sua
maioria, e a policlínica mantida pela Prefeitura também não dispõe de
profissionais em número suficiente para atender à demanda.
SAMUEL SOUZA
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