terça-feira, 15 de março de 2016

Inspirado em Bill Clinton, Lula diz que cobra R$ 730 mil por palestra

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que cobra tarifa fixa de US$ 200 mil (cerca de R$ 730 mil) por palestra, "nem mais e nem menos".

O depoimento foi divulgado nesta segunda-feira (14). De acordo com a Folha de S. Paulo, as palestas eram contratadas por grandes empresas e instituições. Segundo Lula, o objetivo de suas conferências era "vender" o Brasil, explicar o progresso do país durante seu governo e falar das "grandes oportunidades" de negócios no futuro para atrair investidores.

A Operação Lava Jato investiga as palestras de Lula e se as empresas que o contrataram teriam se beneficiado posteriormente em suas relações com o governo do PT. O ex-presidente nega as acusações.

Lula explica que decidiu dar palestras porque era o rumo "mais decente e mais digno" que poderia tomar. O petista ainda disse que recusou convites para ser conselheiro de multinacionais.

Como conta a Folha de S. Paulo, Lula explica que viajou muito para o exterior, em 2011, pois não queria atrapalhar Dilma Rousseff, que iniciava seu primeiro mandato.

O petista explicou que o valor das palestas foi estabelecido com base no que cobraria o ex-presidente norte-americano Bill Clinton: "Nós pegamos um valor do Bill Clinton e falamos o seguinte: 'Nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual'".

O jornal "Washington Post" noticiou que Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton, pré-candidata à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, receberam em média US$ 250 mil por conferência entre 2014 e 2015. Segundo a imprensa norte-americana, o casal não cobra uma tarifa fixa.



Notícias ao Minuto

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