Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou que cobra tarifa fixa de US$ 200 mil (cerca de R$ 730 mil)
por palestra, "nem mais e nem menos".
O depoimento foi divulgado
nesta segunda-feira (14). De acordo com a Folha de S. Paulo, as palestas
eram contratadas por grandes empresas e instituições. Segundo Lula, o
objetivo de suas conferências era "vender" o Brasil, explicar o
progresso do país durante seu governo e falar das "grandes
oportunidades" de negócios no futuro para atrair investidores.
A
Operação Lava Jato investiga as palestras de Lula e se as empresas que o
contrataram teriam se beneficiado posteriormente em suas relações com o
governo do PT. O ex-presidente nega as acusações.
Lula explica
que decidiu dar palestras porque era o rumo "mais decente e mais digno"
que poderia tomar. O petista ainda disse que recusou convites para ser
conselheiro de multinacionais.
Como conta a Folha de S. Paulo,
Lula explica que viajou muito para o exterior, em 2011, pois não queria
atrapalhar Dilma Rousseff, que iniciava seu primeiro mandato.
O
petista explicou que o valor das palestas foi estabelecido com base no
que cobraria o ex-presidente norte-americano Bill Clinton: "Nós pegamos
um valor do Bill Clinton e falamos o seguinte: 'Nós fizemos mais do que
ele, então nós merecemos pelo menos igual'".
O jornal "Washington
Post" noticiou que Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton,
pré-candidata à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, receberam em
média US$ 250 mil por conferência entre 2014 e 2015. Segundo a imprensa
norte-americana, o casal não cobra uma tarifa fixa.
Notícias ao Minuto
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