“A Ordem não se furtará de cumprir seu papel institucional na defesa
dos defensores públicos da Paraíba”, afirmou o presidente da OAB-PB,
Paulo Maia, ao reconhecer legítimas e preocupantes as questões tratadas
em audiência com diretores da Associação que representa a categoria no
estado, capitaneados pela presidente Madalena Abrantes, a exemplo do
cumprimento da lei do subsídio, a redução da proposta orçamentária do
Órgão e da não convocação dos aprovados no concurso realizado há quase
dois anos.
Paulo Maia também externou sua preocupação com o reiterado
descumprimento ao longo do tempo por parte do governo do estado, de
decisões judiciais em favor dos defensores públicos.
Paulo previu que no máximo em 30 dias terá um posicionamento geral em
relação às ações que serão empreendidas pela OAB na defesa de assuntos e
de interesses dos defensores públicos, que integram a Ordem dos
Advogados do Brasil, prestando um serviço essencial e indispensável em
qualquer estado da Federação e não pode a Defensoria Pública Estadual se
ver prejudicada e diminuída nas suas atribuições funcionais. “Vamos
encampar os assuntos que visem à defesa da ação da defensoria pública”,
afirmou
O presidente da OAB-PB também considerou lamentável a não convocação
dos concursados e o custeio pela DP de advogados dativos para
desempenharem suas atividades.
Prejuízo à população
“Há um concurso público vigente, com candidatos aprovados e
classificados, aptos a exercerem a função e isso acarreta um grave
prejuízo para a parcela mais pobre da população, que é aquela que não
pode pagar um advogado e se socorre da Defensoria”, lembrou Madalena
Abrantes, presidente Associação dos Defensores Públicos da Paraíba
(APDP).
Apesar de a emenda constitucional 80/2014 determinar a existência de
um defensor público em cada unidade jurisdicional, a Paraíba conta com
apenas 235 na ativa, quando deveria ter no mínimo 400, num déficit de
165 profissionais. “Atualmente, pessoas carentes de 44 comarcas de 1ª
entrância não têm a quem recorrer em busca de assistência judiciária
gratuita. Esse quadro é agravado pelos óbitos registrados nos últimos
meses e as 20 aposentadorias compulsórias ocorridas nos últimos três
anos”, destacou Madalena.
O encontro contou ainda com a participação do presidente da Caixa de
Assistência dos Advogados (CAA-PB), Carlos Fábio, e dos defensores
públicos Fábio Liberalino, Diana Rangel, Humberto Trocolli, Paulo
Bezerril, Martinho Carneiro, José Maria, Carlos Gondim e Delano Lucas,
das representantes dos concursados aprovados, Lidiana Ferreira e Aline
Araújo, além da assessora jurídica da APDP, Ciane Feliciano.
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