O
presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira (29), que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o “plano A para o PT em 2018”.
“Não há plano B”, disse em entrevista à Bloomberg.
Segundo
Falcão, o ex-presidente tem sido “ambíguo” sobre o tema, mas já afirmou
que, “se necessário para o projeto do PT, será candidato à presidência
novamente”.
A declaração do presidente do PT acontece no mesmo dia em que a Folha revelou
que a Odebrecht, segundo fornecedores, arcou com a reforma do sítio
frequentado por Lula em Atibaia. Uma empresária que forneceu materiais
diz que a empreiteira gastou ao menos R$ 500 mil com as obras. A empresa
nega.
Também
nesta sexta (29) o Ministério Público de São Paulo divulgou que Lula e
sua mulher, Marisa Letícia, serão intimados a depor sobre o tríplex no
condomínio Solaris, em Guarujá (SP), na condição de investigado.
Transações envolvendo o imóvel são alvos da Operação Triplo X, a 22ª
fase da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na quarta (27).
Falcão
afirmou que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff
“está amortecido, mas não morto” e voltou a classificá-lo “golpe
constitucional”. O presidente do PT disse, no entanto, que o processo
“foi esvaziado por falta de base jurídica” e “por desmoralização do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, investigado pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) por suspeita de ter mantido contas secretas
no exterior abastecidas com recursos desviados de negócios da Petrobras.
Ele
afirmou também acreditar que a comissão especial da Câmara que
analisará o pedido deve ter formação favorável ao governo e emitir
parecer contra o impeachment da presidente Dilma.
O
presidente do PT criticou também a ação no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) em que o PSDB pede a cassação dos mandatos de Dilma e do vice
Michel Temer (PMDB), sob o argumento de abuso de poder econômico e
político e suspeitas de que recursos desviados da Petrobras tenham
ajudado a financiar a reeleição. “Há uma tentativa de apertar o cerco
contra o governo para dificultar a governabilidade”, afirmou.
O PT ressalta que não houve irregularidade e que as contas foram aprovadas pelo TSE em dezembro de 2014.
Uol
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