Já tem muita gente se preparando para aproveitar os festejos juninos.
Seja em família, com os amigos ou com parceiros, a verdade é que sempre
tem pessoas que nunca abrem mão de tomar aquela cervejinha gelada, o
uísque acompanhado do inseparável energético e, para os lugares mais
frios, há quem prefira o vinho ou a cachaça. Independente de qual seja a
bebida o consumo em excesso provoca diversos prejuízos
à saúde.
O
nutricionista clínico e esportivo do Hapvida em João Pessoa, Danilo
Machado, destaca que um dos principais riscos ao organismo pela ingestão
de álcool está relacionado com a associação da bebida alcoólica com os
energéticos. “Esse tipo de bebida é rica em cafeína, taurina e açúcares,
quando associados a bebidas alcoólicas se torna uma bebida/coquetel
perigosa para o organismo do indivíduo, podendo desencadear inúmeras
reações e transtornos como convulsões, arritmias e levar a morte
súbita”, explica.
Ainda em relação ao consumo de energéticos, o
nutricionista alerta que “inicialmente é preciso saber que essas
substâncias foram criadas para incrementar a resistência física,
proporcionar reações mais rápidas e duradoras, evitar o sono, estimular o
metabolismo e aumentar o estado de alerta mental”, esclarece.
Danilo
Machado ressalta que a durabilidade do álcool no organismo está ligada
ao tempo que o fígado demora a metabolizar a substância.
“Fisiologicamente, o corpo leva em média uma hora para metabolizar
apenas o conteúdo de uma latinha de cerveja. Desta forma, se uma pessoa
beber oito latinhas de cerveja, o álcool estará presente no organismo
por, pelo menos, oito horas”, afirma.
O efeito do álcool de forma
excessiva ou prolongada no organismo humano pode afetar de forma direta
alguns órgãos, músculos e pele. Além disso, dependendo da condição
física do indivíduo é possível destacar alguns efeitos imediatos no
organismo, a exemplo de: dor de cabeça, sonolência, vômitos, visão
turva, dor no estômago, alteração na capacidade de raciocínio, diarréia,
azia, desconfortos abdominais, e outros. Já em longo prazo problemas de
hipertensão, arritmias cardíacas, aumento do colesterol e
arteriosclerose e a cardiomiopatia alcoólica.
Outro fator que
apresenta prejuízos a saúde pela ingestão excessiva de álcool está
relacionado à consumação reduzida de alimentos ou alimentação
inadequada. O nutricionista esclarece como se dá o processo. “O álcool é
absorvido pelo intestino delgado, para onde passa rapidamente quando
ingerido de estômago vazio, provocando assim, um pico elevado na
corrente sanguínea. Diferente de quando se bebe após a refeição, o
álcool é absorvido é absorvido de forma lenta, pois o esvaziamento
gástrico demora mais e o pico de concentração no sangue é de forma
moderada, tornando-se menos tóxico ao organismo do indivíduo”,
esclarece.
O especialista afirma que “o melhor seria não beber,
mas se decidir fazê-lo, a orientação é controlar o pico de concentração
dos alimentos para que a absorção do álcool pelo organismo ocorra de
forma lenta”, orienta.
As bebidas alcoólicas não fornecem
nutrientes ao organismo, são altamente calóricas e, ainda, proporcionam
um processo inflamatório no organismo do indivíduo, que desacelera o
metabolismo e aperfeiçoa o ganho de peso corporal. O especialista
orienta que no momento da escolha “se dê preferência as cervejas sem
álcool, pois tem menos calorias (89 kcal) em comparação as que contêm
álcool (150 kcal); consumir caipirinha com adoçante onde se reduz cerca
30 kcal e substituir o vinho suave pelo seco, principalmente ao coração,
essa troca deve ser realizada, pois o vinho suave tem um teor de açúcar
e calorias elevado (210 kcal), enquanto o vinho seco (130 kcal)”,
alerta Danilo Machado.
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